Ele segurou minhas mãos Deslizando seus dedos entre os meus Pude sentir meus batimentos mais fortes Ou será que eram os dele? Havia tanta dor em seus olhos Não conseguia encará-lo com medo dos meus transbordarem De repente ele soltou minhas mãos e me abraçou Seus braços ao redor da minha cintura Meus braços em seu pescoço Um abraço cheio de desespero Um abraço de refúgio Naquele momento ele só precisava de mim E eu pude sentir a importância que tinha em sua vida
Por que vinhetes quando chamei? Por que simplesmente não me ignorou e seguiu? Por que falar o que eu preciso ouvir? Por que fingir que se importa? Por que me ouvir? Por que me lê tão facilmente, como se fosse um dos seus livros preferidos? Por que confundir meu sentimentos assim? Não tenho nada pra ti Não sou nada pra ti Não me iluda fazendo crer que sempre estará aqui!
Mas ele nada faz Deixou ela se afundar mais e mais em seu pranto Em seu desespero Ela implorava para que a salvasse Ele continuava estático Imóvel Vendo o seu sofrimento Se deliciando, talvez Quando ela achou que chegou ao seu limite Ele apunhalou novamente Dessa vez mais fundo Gotas de sangue pingaram no chão Ela sabia que não suportaria A escuridão a envolveu Ninando em um sono sem sonhos Apenas de alívio!
Ele a segurou com força como para tentar acordá-la Ele falava, gritava Ela não esboçava reação Queria apenas sair Fugir Sempre fugir Mas dessa vez ela pode entender o que ele disse: "Clara, acredite em mim!" Já não a segurava mais Ela o olhou Olhos tristes A pessoa em que ela mais confiou... Quando ele mudou? Clara pegou sua mochila E saiu... Deixando pra trás a quem mais amou Deixando pra trás tudo em que um dia acreditou!