terça-feira, 27 de novembro de 2012

Refúgio

Ele segurou minhas mãos
Deslizando seus dedos entre os meus
Pude sentir meus batimentos mais fortes
Ou será que eram os dele?

Havia tanta dor em seus olhos
Não conseguia encará-lo com medo dos meus transbordarem

De repente ele soltou minhas mãos e me abraçou
Seus braços ao redor da minha cintura
Meus braços em seu pescoço

Um abraço cheio de desespero
Um abraço de refúgio

Naquele momento ele só precisava de mim
E eu pude sentir a importância que tinha em sua vida

domingo, 25 de novembro de 2012

Buscando respostas

Por que vinhetes quando chamei?
Por que simplesmente não me ignorou e seguiu?

Por que falar o que eu preciso ouvir?
Por que fingir que se importa?
Por que me ouvir?

Por que me lê tão facilmente, como se fosse um dos seus livros preferidos?
Por que confundir meu sentimentos assim?

Não tenho nada pra ti
Não sou nada pra ti

Não me iluda fazendo crer que sempre estará aqui!


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Descaso

Bastava apenas uma palavra
Mas ele nada faz
Deixou ela se afundar mais e mais em seu pranto
Em seu desespero

Ela implorava para que a salvasse
Ele continuava estático
Imóvel
Vendo o seu sofrimento
Se deliciando, talvez

Quando ela achou que chegou ao seu limite
Ele apunhalou novamente
Dessa vez mais fundo

Gotas de sangue pingaram no chão
Ela sabia que não suportaria

A escuridão a envolveu
Ninando em um sono sem sonhos
Apenas de alívio!

domingo, 11 de novembro de 2012

Mudanças

Ele a segurou com força como para tentar acordá-la
Ele falava, gritava
Ela não esboçava reação
Queria apenas sair
Fugir
Sempre fugir

Mas dessa vez ela pode entender o que ele disse:
"Clara, acredite em mim!"
Já não a segurava mais
Ela o olhou
Olhos tristes

A pessoa em que ela mais confiou...
Quando ele mudou?

Clara pegou sua mochila 
E saiu...
Deixando pra trás a quem mais amou
Deixando pra trás tudo em que um dia acreditou!